25.6.09

Ronda do Quarteirão Se Expande


A principal promessa de campanha de Cid Gomes, o projeto Ronda do Quarteirão foi alvo de muitas críticas e desconfianças, inclusive por parte deste autor. Entretanto, após sua implantação na capital do estado, o resultado foi positivo, tendo em vista a redução da taxa de criminalidade. Depois de abranger por completo os municípios de Fortaleza, Caucaia e Maracanaú, o Ronda será expandido para outras cidades do interior, sendo Sobral e Juazeiro do Norte contempladas ainda esse mês.

A polícia comunitária, como também é chamada a equipe do Ronda, chega à terra de padre Cícero em um momento crítico, visto que o número de assaltos e homicídios é bastante elevado. Com o reforço do Ronda, a expectativa é de que essas temidas estatísticas sejam reduzidas, pois como se sabe, a melhor tática de segurança é a prevenção, motivo pelo qual os policiais devem ficar nas ruas, não no quartel.

O único problema é alguém querer cometer um crime só para poder andar de "bichona", como são conhecidos os veículos Hilux do Ronda...

19.6.09

Buscas por Petróleo no Cariri

O diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Haroldo Lima, está na cidade do Crato para anunciar oficialmente o início de pesquisas na Bacia do Araripe em busca de petróleo. A decisão ocorre após estudos preliminares feitos pela Petrobrás em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

É grande a expectativa para que poços petrolíferos sejam descobertos na região, principalmente porque a estrutura sedimentar da Bacia do Araripe é semelhante à da cidade paraibana de Sousa, onde também foi descoberto petróleo há alguns anos.

Se as expectativas da ANP se concretizarem, algumas cidades da região do Cariri terão um substancial aumento de verbas, tendo em vista os royalties pagos pela Petrobrás. Entretanto, é importante atentar para a questão ambiental, pois alguns pontos da área da Chapada do Araripe estão bastante degradados, sendo imperioso buscar a extração com o menor impacto ambiental possível.

16.6.09

Dossiê das Organizadas - Parte Final

Depois de três artigos criticando as torcidas organizadas, a solução óbvia seria extinguir tais grupos. Entretanto a simples extinção de nada adiantaria, pois os vândalos continuarim frequentando os estádios em grupo. Além disso, não seria justo privar o torcedor pacífico de se reunir para incentivar a equipe. Então qual a melhor saída?

Na Europa, a violência nos estádios foi contida graças à identificação dos vândalos, que foram presos, processados e proibidos de frequentar as arenas esportivas. É esse, também, o entendimento do Promotor de Justiça Fernando Capez, um dos maiores combatentes da violência das torcidas organizadas. Em entrevista concedida à revista "Leis & Letras", Capez argumenta que "é importante que se faça um trabalho de investigação, com identificação das pessoas pelas câmeras de televisão, para que sejam processadas. E que seja feito um acompanhamento do clássico, no dia, por policiais velados, eu diria, descaracterizados, não uniformizados, infiltrados nas torcidas, a fim de que possam efetuar prisões. Eu acho que um acompanhamento por policiamento descaracterizado, e algumas prisões exemplares, são suficientes, porque certamente é um grupo minoritário de agitadores."

Vale lembrar que o Estatuto do Torcedor prevê a instalação de câmeras nos estádios, justamente para identificar vândalos, mas são raras as arenas que cumprem tal determinação...

Quanto à punição, não seria conveniente prender tais agitadores por dois motivos: I) As cadeias brasileiras estão superlotadas; II) Colocar em uma mesma cela um indivíduo que briga com torcedor de outro time ou que arremessa latas no campo, e um homicida ou estuprador poderia gerar danos ainda maiores.

Portanto, após a devida identificação, os torcedores mal-intencionado devem ser indiciados em processo criminal, mas devem ser punidos com sanções educativas, prestação de serviços à sociedade e proibição de frequentar estádios por um determinado período. A prisão só deve ser determinada excepcionalmente, caso o indiciado já responda a outros processos criminais ou, ao ser autorizado a retornar aos estádios, volte a se envolver em confusões.

9.6.09

A Copa do Mundo é Nossa


Em 2014, após sessenta e quatro anos, o Brasil volta a sediar a Copa do Mundo de futebol, o maior evento do gênero e o segundo maior evento esportivo do mundo, atrás apenas das Olimpíadas. Os brasileiros, apaixonados por futebol, festejaram o anúncio, entretanto, como não poderia deixar de acontecer, surgiram críticas de que tudo não passa da velha tática populista panis et circensis (pão e circo), e que tal evento só servirá para despediçar dinheiro público. Afinal, a Copa será boa ou ruim para o Brasil?

Em primeiro lugar, cabe destacar que se os políticos brasileiros demonstrassem em outras áreas como saúde e educação, o mesmo empenho empreendido para realizar a Copa do Mundo, o Brasil teria indicadores socio-econômicos bem melhores do que os atuais. No entanto, isso não é motivo para reprovar a realização da Copa do Mundo, pelo contrário, o evento trará grandes benefícios para o país.

A Fédération Internationale de Football Association (FIFA), exige, além de estádios modernos, boas condições de transporte, comunicação e hospedagem. Este último não será problema uma vez que o país possui excelentes hotéis. Quanto aos setores de transporte e comunicações, serão necessários vários investimentos. É verdade que tais melhorias serão feitas para a Copa do Mundo, mas é de se ressaltar que o torneio dura apenas um mês, enquanto a infra-estrutura montada permanecerá, beneficiando, assim, a população. Outro fator importante será o incremento no turismo. Cidadãos de todas as partes do planeta virão ao Brasil para acompanhar os jogos, aquecendo a economia do país.

Quanto aos estádios, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), deixou claro desde o início dos preparativos que os investimentos devem ser prioritariamente da iniciativa privada. De fato, nos doze projetos escolhidos, os recursos serão em sua maioria privados.

Dessa maneira, não resta dúvida de que a realização da Copa do Mundo no Brasil, a exemplo do que ocorreu em 1950, trará inúmeros benefícios para o país. Resta aos brasileiros fiscalizar os governantes para que não cometam estripulias e torcer para que não ocorra outro "maracanaço". Todos juntos vamos, pra frente Brasil, Brasil, salve a seleção!